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Revelador D23: Como funciona e quais vantagens

Neste artigo vou explicar um pouco das vantagens do revelador D23, como funciona e quais as vantagens de revelar os filmes com sua fórmula. Se você não sabe, D-23 era o revelador favorito do Ansel Adams, um dos grandes nomes da Fotografia.

  • Autor do post Por Neto Macedo
  • Data de publicação 1 de maio de 2020
  • Nenhum comentário em Revelador D23: Como funciona e quais vantagens

Neste artigo vou explicar um pouco das vantagens do revelador D23, como funciona e quais as vantagens de revelar os filmes com sua fórmula. Se você não sabe, D-23 era o revelador favorito do Ansel Adams, um dos grandes nomes da Fotografia.

Winter Sunrise Ansel Adams, revelado no D23
A foto ilustrativa deste post foi revelada com D23 pelo Ansel Adams (Winter Sunrise from Lone Pine).

Para você que faz a revelação de filmes em casa, o revelador D-23 é um dos mais versáteis já criados. Tendo somente dois ingredientes, ele é fácil de preparar em casa e pode ser usado numa vasta gama de situações. Este revelador produz boas sombras sem estourar as áreas claras e possui inúmeras vantagens.

Como funciona: superaditividade nos reveladores

A grandessíssima maioria dos reveladores tem dois agentes reveladores. A maioria deles faz uma combinação de metol e hidroquinona ou metol e fenidona.

A ideia de se ter dois agentes reveladores na fórmula de um químico revelador é criar um efeito chamado superaditividade. Quando a superaditividade acontece você aumenta exponencialmente o efeito revelador (a potência de revelação não dobra, mas se multiplica). Isso comparado a usar somente um agente revelador na fórmula.

Exemplo de imagem revelada no D76
Exemplo de imagem revelada no D76. Contraste alto e poucas informações salvas nas sombras. Se deixássemos mais tempo no revelador, teríamos altas luzes superpoxtas.

O D76, por exemplo, usa metol e hidroquinona. Isto faz ele ser um revelador muito mais rápido a aumenta o contraste que ele gera também. A hidroquinona age rápido e forte nos highlights (inclusive veladores de Raio-X têm bastante hidroquinona. O objetivo é dar contraste e blocar os highlights).

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D-23: só um agente revelador

O D23 é um químico que tem só um agente revelador: o metol (que é bem fraquinho, sozinho). Além disso, ele não tem um acelerador na sua fórmula, o que não á lá muito comum. Caso você não saiba, o acelerador é um agente alcalino (uma base).

Por exemplo, o afamado PaRodinal, leva 20g (sim, vinte incríveis gramas) de hidróxido de sódio (soda cáustica), um agente extremamente alcalino. Por isso ele gera uma fórmula de revelação tão forte e a gente usa diluições tão fracas como 1+50 ou 1+25.

Exemplo das Vantagens do D23 na revelação
Exemplo de imagem revelada com D23. Repare a alta latitude.

No caso do D23, costumamos dizer que ele é um revelador que faz o filme perder velocidade. Ele tem somente um agente revelador e nenhum acelerador.

Entretanto, o sulfito de sódio (o outro ingrediente, além do metol) alcaliniza suficientemente a fórmula para que o metol possa pelo menos agir.

No entanto, enquanto o D23 e o filme, brometos são gerados e eles funcionam como limitadores da ação do revelador. Este efeito limitador diminui mais ainda a potência de revelação da fórmula (mas também evita névoa no negativo).

O revelador age sobre as sombras e nas altas luzes do filme, mas ao longo do processo de revelação vai perdendo a potência, principalmente nos highlights.

Exemplo de foto processada no revelador D23
Outro exemplo de imagem processada no D-23.

Entretanto, deixar de agir nos highlights é a ideia central e uma das principais vantagens do D23: uma fórmula que revela bem as partes de sombra e revela mal as partes claras.

Como funciona: pensando a fotometria para este processo

Se você fotometra bem (no caso, fotometrar com informações abundantes nas sombras) e revela pelo tempo certo, ele revelará bem as sombras e não dá tempo de queimar os highlights. Isso porque o limitador que se precipita durante o processo impede que o revelador continue agindo.

Por isso usamos um tempo padrão nele (12 minutos se usado stock ou 18 minutos se 1+3), ao invés de tempos precisos para cada filme como outros reveladores.

Exemplo de alta latitude em uma imagem

Deixamos um tempo longo para que seja possível que o revelador puxe qualquer informação que possa existir de sombras (um processo lento), sem nos preocuparmos em queimar as altas luzes porque o revelador vai sendo limitado pelos subprodutos precipitados. E claro, esta limitação ocorre principalmente nos highlights (onde se gera mais brometos), e não nas sombras.

Se fotometramos mal (pouca informação nas sombras), simplesmente não dá tempo de puxar as informações que estão nas sombras, e o filme ficará subexposto.

Vantagens do D23

O revelador D23 garante espreme ao máximo a latitude do filme. Detalhe: como é um revelador que tem somente um agente revelador (metol) e não gera superaditividade (não tem dois agentes pra acelerar o processo), é mais lento. Por isso os longos tempos.

Mesmo assim, se você fotometra tudo superexposto, ele revela bem as sombras e você interrompe o processo de revelação antes que ele bloqueie os highlights, te dando um negativo sem contraste (sombras muito reveladas e highlights sob controle).

Exemplo de baixo contraste na revelação

A principal das vantagens do D23 é este baixo contraste, que também significa neste caso alta latitude e/ou alcance dinâmico.

Os negativos revelados com D23 também apresentarão nível de grão inferior comparado a filmes revelados em outros reveladores mais rápidos, como D76 e Rodinal (PaRodinal).

Por fim, em relação ao processo, este revelador é também excelente para processos onde você não tem controle bom da temperatura. Ou quando a água da torneira sai a mais que 20°C (temperatura recomendada para processos preto e branco). Devido à arquitetura de sua fórmula, o D23 não vai acentuar o grão a e a névoa (fog) no filme se você usar em temperaturas maiores.

P.S.: Definitivamente não é um revelador pra quem fotografa shows e outras coisas subexpostas. Vai ser um péssimo pra isso.

P.S.(2): Não serve para puxar e ou empurrar filmes (apesar de eu já ter visto tentativas com algum sucesso).

P.S.(3): É bom para quem trabalha deixando luz inundar o filme, como eu, e depois controla bem certinho o processo de revelação.

Exemplos de imagens onde usei este revelador

Exemplo de revelação de baixo contraste
Exemplo de revelação de baixo contraste
Exemplo de baixo contraste na revelação
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  • Tags Alcance dinâmico, Contraste, D23, Fotografia Analógica, Latitude, Químicos, Revelação

Por Neto Macedo

Neto Macedo é fotógrafo e professor há dez anos. Mantém o Aprenda Fotografia por amor à arte de fotografar e oferece cursos presenciais por todo Brasil, além de cursos de online desde o básico ao avançado.

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